sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Órgão de direitos humanos da ONU discute crise financeira

13/02/2009 - 12h17

Órgão de direitos humanos da ONU discute crise financeira

GENEBRA (Reuters) - O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas informou nesta sexta-feira que fará uma reunião especial no dia 20 de fevereiro para discutir o impacto da crise financeira e econômica sobre os pobres.
O embaixador nigeriano, Martin Ilhoeghian Uhomoibhi, disse que a sessão será liderada pelo Brasil e pelo Egito, que representará os países africanos. As resoluções lançadas pelo conselho de 47 membros -- que se reuniu no ano passado para discutir a crise dos alimentos -- não serão obrigatórias.
"Acredito que fazer esta reunião é um sinal importante enviado pelo Conselho de Direitos Humanos, passando a mensagem de que podemos e devemos lidar com todos os desafios que tragam implicações para os direitos humanos", disse Uhomoibhi em um informe à imprensa.
"A esperança desta reunião é mandar uma mensagem forte de que os direitos humanos não devem ser esquecidos ou sufocados pela crise financeira que está afetando a vida de todos nós, em particular as vidas das pessoas mais vulneráveis na sociedade", disse.



Brasileira não estava grávida e pode ter feito cortes em si mesma, diz perito suíço

Brasileira não estava grávida e pode ter feito cortes em si mesma, diz perito suíço

Marcio Damasceno De Berlim para a BBC Brasil

O diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, Walter Bär, afirmou nesta sexta-feira que, a partir de exames de legistas e ginecologistas, sua conclusão é de que a brasileira Paula Oliveira não estava grávida e teria ela mesma feito os ferimentos em seu corpo.Em entrevista coletiva na sede da polícia de Zurique, Bär afirmou que resultados laboratoriais de exames realizados na brasileira pelos ginecologistas do Hospital da Universidade de Zurique apontaram que Paula Oliveira não apresentava gravidez no momento do suposto ataque."Constatamos que os corte encontrados no corpo dela foram realizados em locais que podem ser alcançados por ela mesma", afirmou Bär."Além disso, as partes mais sensíveis do corpo feminino, como genitais e seios, não foram atingidos pelos ferimentos", acrescentou. "Minha conclusão é que ela mesma fez os ferimentos.""Quero ressaltar que o Instituto de Medicina Forente da Universidade de Zurique é uma entidade independente, sem ligação com a polícia nem com as autoridades de Justiça", observou Bär.De acordo com a polícia suíça, as investigações sobre o caso ainda não foram concluídas e seguem em andamento em todas as direções.


União Europeia entra oficialmente em recessão

13/02/2009 - 09h14

União Europeia entra oficialmente em recessão

Especificamente na zona do euro (grupo dos 15 países que adotam a moeda comum europeia), a queda também foi de 1,5% no último trimestre de 2008, um recorde para a região."São contrações enormes na Europa, as maiores já vistas na maioria dos casos", afirmou Ken Wattret, economista do BNP Paribas. "O melhor que podemos esperar é que o quarto trimestre marque o pior em termos de ritmo de contração", afirmou Martin van Vliet, economista do ING. O PIB da França amargou uma retração de 1,2% trimestre a trimestre, a mais acentuada em 34 anos. Mesmo assim, é o único país, entre as cinco grandes economias da Europa, que se salva, por enquanto, da recessão no sentido oficial do termo, uma vez que não tem dois trimestres seguidos de queda do PIB.Na Itália, a economia encolheu 1,8% no quarto trimestre, uma queda bem mais acentuada do que a de 1,2% previamente estimada. A retração foi a mais forte já registrada ao menos desde 1980, quando a série estatística foi iniciada. A Holanda entrou em recessão, com uma contração de 0,1% no segundo trimestre, 0,3% no terceiro e 0,9% no último. É, portanto, o terceiro trimestre seguido de queda na atividade na Holanda, mas só agora o país constatou que está em recessão porque dados preliminares apontavam que o crescimento havia sido de 0,1% no segundo trimestre e 0% no terceiro; a revisão do levantamento divulgada hoje, no entanto, mostrou que a economia encolheu nesses dois períodos. A Alemanha, que já estava oficialmente em recessão, divulgou nesta sexta pesquisa mostrando que a a situação se agravou: o PIB caiu 2,1% no último trimestre de 2008, maior queda trimestral já registrada desde a reunificação do país, em 1990. Foi o 3º trimestre seguido de retração. A economia de Portugal encolheu 2% no quarto trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores, completando dois trimestres de quedas. O ritmo de crescimento anual foi o mais baixo em cinco anos, desde a recessão de 2003.Ontem, a Espanha já havia informado que a economia do país havia encolhido 1%, a queda mais acentuada da atividade em 15 anos. No Reino Unido, o retrocesso entre outubro e dezembro de 2008 foi de 1,5%, após uma baixa de 0,6% no terceiro trimestre.

(Com informações de AFP, Efe e Lusa)

Para FMI, efeito da crise sobre economia real ainda está por vir

12/02/2009 - 22h5

Para FMI, efeito da crise sobre economia real ainda está por vir

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WASHINGTON (Reuters) - O chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Khan, alertou na quinta-feira que o impacto da crise financeira global ainda não atingiu totalmente a economia real.
"O problema é que o efeito na economia real, na sua maior parte, ainda está por vir", disse ele ao IMF Survey, uma publicação online interna do Fundo. "O ano de 2009 certamente será um ano pior para o crescimento, não somente para as economias avançadas, mas também para as economias emergentes", disse Strauss-Khan antes da reunião do Grupo dos Sete, que reúne países industrializados, no fim de semana em Roma.
(Reportagem de Lesley Wroughton)

Indústria de SP fecha 32,5 mil vagas em janeiro; emprego cai 1,86%

Indústria de SP fecha 32,5 mil vagas em janeiro; emprego cai 1,86%

Da Redação Em São Paulo
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A indústria paulista fechou 32,5 mil postos de trabalho em janeiro, o que representa uma queda de 1,86% ante dezembro, na comparação com ajuste sazonal, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta sexta-feira. Na comparação mensal, sem ajuste sazonal, houve queda de 1,34% no nível de emprego. Nos últimos 12 meses, o emprego industrial em São Paulo registrou recuo de 2,22%, com o fechamento de 54,5 mil vagas.


Ao divulgar uma queda no emprego industrial de dezembro, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) havia sugerido que o início de 2009 provavelmente não traria dados melhores. Os dados de janeiro confirmam a previsão do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de que a recuperação do emprego na indústria vai demorar mais que a da produção. A atividade industrial já deu sinais de que caminhar para um ritmo de relativa normalização, ainda que abaixo do patamar registrado no primeiro semestre do ano passado. A produção de veículos no país quase dobrou de dezembro para janeiro, segundo a Anfavea (associação de fabricantes de veículos).

(Com informações de Reuters e Valor Online)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Seguro-desemprego é ampliado para até 7 meses nos piores setores

Seguro-desemprego é ampliado para até 7 meses nos piores setores




BRASÍLIA - O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou a pedido do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o pagamento do seguro-desemprego por um período de cinco a sete meses para setores que estão enfrentando sérios problemas de desemprego. Atualmente, o benefício é pago de três meses a cinco meses e o valor máximo é de R$ 870,01.Carlos Lupi disse que se o presidente da República sentir necessidade é possível ainda estender o benefício por até 10 meses, com medida provisória. Ele refutou a possibilidade de redução no valor do benefício. Segundo Lupi, a proposta não tem a aprovação do ministério.
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Serão beneficiados os setores que estão em situação crítica quanto às demissões ocorridas em dezembro, janeiro e fevereiro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O ministro citou como exemplo a siderurgia e a mineração."Não podemos fazer aleatoriamente, pois podem ocorrer solicitações indevidas. Alguns setores, como construção civil e serviços, já estão revertendo a situação."Carlos Lupi lembrou que os dados de empregabilidade de janeiro são negativos, mas "infinitamente" melhores que os de dezembro. Em outra medida, o conselho autorizou a liberação de R$ 200 milhões para o capital de giro das revendedoras de carros usados.



Agência Brasil

Entenda como a crise financeira global afeta o Brasil

Entenda como a crise financeira global afeta o Brasil


A crise financeira que começou há mais de um ano nos Estados Unidos como uma crise no pagamento de hipotecas se alastrou pela economia e contaminou o sistema mundial. Diversos bancos americanos apresentaram perdas bilionárias, outros chegaram a quebrar. Na Europa também há vítimas.
O Brasil inicialmente não foi atingido em cheio pela crise --os bancos não possuíam papéis ligados às hipotecas de alto risco ("subprime") que originaram os problemas. Mas vários setores sofreram com a contração de crédito e, em seguida, pela queda das exportações e da demanda interna, que foi o "motor" do crescimento do país nos últimos dois anos. O resultado é o avanço do desemprego e a expectativa de desaceleração no crescimento econômico do país, embora espera-se que fique melhor do que o da maioria dos países desenvolvidos e emergentes.
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As quebras e os problemas enfrentados por bancos americanos e europeus até então considerados importantes e sólidos geraram o que se chama de "crise de confiança". Num mundo de incertezas, o dinheiro para de circular --quem possui recursos sobrando não empresta, quem precisa de dinheiro para cobrir falta de caixa não encontra quem forneça. Isso fez cair e encarecer o crédito disponível. E numa economia globalizada, a falta de dinheiro em outro continente afeta empresas no mundo todo.
Sergio Lima/Folha Imagem
O presidente do BC, Henrique Meirelles: órgão liberou compulsório mas segurou juros
Com a circulação de dinheiro congelada e o consumo comprometido, o resultado esperado é a contração das economias, uma vez que todos passam a encontrar dificuldade em financiarem seus projetos. Justamente para injetar liquidez (dinheiro nos mercados) os Bancos Centrais fazem leilões de moeda e criam linhas especiais de bilhões de dólares.
No Brasil, esse foi o principal efeito da crise quando ela estourou: a dificuldade em se obter dinheiro. Grandes empresas que dependiam de financiamento externo passam a encontrar menos linhas de créditos disponíveis. Por consequência, com a dificuldade em captar no exterior, ficam comprometidos projetos de construção dessas empresas, que por sua vez gerariam empregos e renda ao país. E, quando captam no mercado interno, ajudam a reduzir ainda mais a capacidade de empréstimo dos bancos locais a quem já dependia habitualmente deles.
Para reduzir os efeitos da crise internacional, o BC (Banco Central) anunciou mudanças nos depósitos compulsórios das instituições financeiras. Por meio do depósito compulsório, o órgão obriga os bancos a depositar em uma conta no próprio BC parte dos recursos captados dos seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. Assim, quando reduz o compulsório, o BC libera aos bancos mais dinheiro para emprestar.
Na esteira da contração do crédito, outra consequência da crise é haver redução no consumo das famílias e do investimento das empresas, dois dos principais pilares de expansão da economia nos últimos anos. Eles cresceram justamente pela farta oferta de crédito. Com menos dinheiro, gasta-se menos, produz-se menos e o crescimento é menor. Também são afetadas as exportações do país, que devem cair porque os países compradores estão se desaquecendo e possuem menos dinheiro para comprar.
O próximo passo dos problemas causados pela crise no Brasil é o desemprego. A combinação das reduções do consumo interno, do crédito, das exportações e dos investimentos causa uma diminuição da demanda das empresas, que se veem obrigadas a rever seus quadros de funcionários.
Diversas empresas iniciaram no último bimestre do ano uma onda de férias coletivas e demissões que ainda prosseguem. O mês de dezembro deixou isso claro: segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o mês apresentou
redução de 654.946 postos de trabalho --o maior volume para o mês desde 1999, o início da série histórica do dado divulgado pelo Ministério do Trabalho.
Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem
O setor automotivo foi um dos que mais sofreram com a contração do crédito
Os setores que mais sofrem com a queda da demanda, tanto no Brasil como no resto do mundo, são o automotivo, o imobiliário e o de bens de capital (ligado aos investimentos). Isso ocorre porque vendem produtos que dependem diretamente de financiamento, que está escasso.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção do setor automotivo, por exemplo, despencou quase 40% em dezembro na comparação com novembro, sendo determinante para que o resultado da indústria em geral naquele mês
recuasse 12,4% --o pior resultado da série histórica, iniciada em 1991. Porém, caso a crise se agrave e aumente o número de demissões, os problemas podem se alastrar para outros setores.
O reflexo da crise se espelhará no desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Para 2009, as previsões dos analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central na última
pesquisa Focus é de crescimento de 1,8% --abaixo dos 3,2% esperados pelo próprio BC e dos 4% esperados pelo governo federal.
Ciete Silverio/Folha Imagem
Fachada da Bovespa: mercado acionário brasileiro despencou com a crise
Outro reflexo visível da crise no mundo, e que teve especial repercussão no Brasil, foi a forte queda nos mercados acionários. Trata-se de um ciclo sem fim: com medo da crise financeira aumentar, os investidores tiram o dinheiro das Bolsas, consideradas investimentos de risco. Então, faltam recursos para as empresas investirem e a crise aumenta, o que faz os investidores tirarem mais dinheiro.
Ou seja, como a crise americana provoca justamente aversão ao risco, os investidores em ações preferem sair das Bolsas, sujeita a oscilações sempre, e aplicar em investimentos mais seguros. Além disso, os estrangeiros que aplicam em mercados emergentes, como o Brasil, vendem seus papéis para cobrir perdas lá fora. Com muita gente querendo vender, os preços dos papéis caem e os índices desvalorizam.
A queda no mercado acionário brasileiro é potencializado pela sua concentração em papéis de empresas que produzem commodities --cujos preços no mercado internacional despencaram devido ao esvaziamento feito pelos investidores e pela queda da demanda. Gigantes como a Vale e a Petrobras, por exemplo, respondem por quase metade da movimentação da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e sofreram desvalorizações acima da média do mercado, empurrando o Ibovespa para baixo.
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