sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Órgão de direitos humanos da ONU discute crise financeira

13/02/2009 - 12h17

Órgão de direitos humanos da ONU discute crise financeira

GENEBRA (Reuters) - O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas informou nesta sexta-feira que fará uma reunião especial no dia 20 de fevereiro para discutir o impacto da crise financeira e econômica sobre os pobres.
O embaixador nigeriano, Martin Ilhoeghian Uhomoibhi, disse que a sessão será liderada pelo Brasil e pelo Egito, que representará os países africanos. As resoluções lançadas pelo conselho de 47 membros -- que se reuniu no ano passado para discutir a crise dos alimentos -- não serão obrigatórias.
"Acredito que fazer esta reunião é um sinal importante enviado pelo Conselho de Direitos Humanos, passando a mensagem de que podemos e devemos lidar com todos os desafios que tragam implicações para os direitos humanos", disse Uhomoibhi em um informe à imprensa.
"A esperança desta reunião é mandar uma mensagem forte de que os direitos humanos não devem ser esquecidos ou sufocados pela crise financeira que está afetando a vida de todos nós, em particular as vidas das pessoas mais vulneráveis na sociedade", disse.



Brasileira não estava grávida e pode ter feito cortes em si mesma, diz perito suíço

Brasileira não estava grávida e pode ter feito cortes em si mesma, diz perito suíço

Marcio Damasceno De Berlim para a BBC Brasil

O diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, Walter Bär, afirmou nesta sexta-feira que, a partir de exames de legistas e ginecologistas, sua conclusão é de que a brasileira Paula Oliveira não estava grávida e teria ela mesma feito os ferimentos em seu corpo.Em entrevista coletiva na sede da polícia de Zurique, Bär afirmou que resultados laboratoriais de exames realizados na brasileira pelos ginecologistas do Hospital da Universidade de Zurique apontaram que Paula Oliveira não apresentava gravidez no momento do suposto ataque."Constatamos que os corte encontrados no corpo dela foram realizados em locais que podem ser alcançados por ela mesma", afirmou Bär."Além disso, as partes mais sensíveis do corpo feminino, como genitais e seios, não foram atingidos pelos ferimentos", acrescentou. "Minha conclusão é que ela mesma fez os ferimentos.""Quero ressaltar que o Instituto de Medicina Forente da Universidade de Zurique é uma entidade independente, sem ligação com a polícia nem com as autoridades de Justiça", observou Bär.De acordo com a polícia suíça, as investigações sobre o caso ainda não foram concluídas e seguem em andamento em todas as direções.


União Europeia entra oficialmente em recessão

13/02/2009 - 09h14

União Europeia entra oficialmente em recessão

Especificamente na zona do euro (grupo dos 15 países que adotam a moeda comum europeia), a queda também foi de 1,5% no último trimestre de 2008, um recorde para a região."São contrações enormes na Europa, as maiores já vistas na maioria dos casos", afirmou Ken Wattret, economista do BNP Paribas. "O melhor que podemos esperar é que o quarto trimestre marque o pior em termos de ritmo de contração", afirmou Martin van Vliet, economista do ING. O PIB da França amargou uma retração de 1,2% trimestre a trimestre, a mais acentuada em 34 anos. Mesmo assim, é o único país, entre as cinco grandes economias da Europa, que se salva, por enquanto, da recessão no sentido oficial do termo, uma vez que não tem dois trimestres seguidos de queda do PIB.Na Itália, a economia encolheu 1,8% no quarto trimestre, uma queda bem mais acentuada do que a de 1,2% previamente estimada. A retração foi a mais forte já registrada ao menos desde 1980, quando a série estatística foi iniciada. A Holanda entrou em recessão, com uma contração de 0,1% no segundo trimestre, 0,3% no terceiro e 0,9% no último. É, portanto, o terceiro trimestre seguido de queda na atividade na Holanda, mas só agora o país constatou que está em recessão porque dados preliminares apontavam que o crescimento havia sido de 0,1% no segundo trimestre e 0% no terceiro; a revisão do levantamento divulgada hoje, no entanto, mostrou que a economia encolheu nesses dois períodos. A Alemanha, que já estava oficialmente em recessão, divulgou nesta sexta pesquisa mostrando que a a situação se agravou: o PIB caiu 2,1% no último trimestre de 2008, maior queda trimestral já registrada desde a reunificação do país, em 1990. Foi o 3º trimestre seguido de retração. A economia de Portugal encolheu 2% no quarto trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores, completando dois trimestres de quedas. O ritmo de crescimento anual foi o mais baixo em cinco anos, desde a recessão de 2003.Ontem, a Espanha já havia informado que a economia do país havia encolhido 1%, a queda mais acentuada da atividade em 15 anos. No Reino Unido, o retrocesso entre outubro e dezembro de 2008 foi de 1,5%, após uma baixa de 0,6% no terceiro trimestre.

(Com informações de AFP, Efe e Lusa)

Para FMI, efeito da crise sobre economia real ainda está por vir

12/02/2009 - 22h5

Para FMI, efeito da crise sobre economia real ainda está por vir

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WASHINGTON (Reuters) - O chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Khan, alertou na quinta-feira que o impacto da crise financeira global ainda não atingiu totalmente a economia real.
"O problema é que o efeito na economia real, na sua maior parte, ainda está por vir", disse ele ao IMF Survey, uma publicação online interna do Fundo. "O ano de 2009 certamente será um ano pior para o crescimento, não somente para as economias avançadas, mas também para as economias emergentes", disse Strauss-Khan antes da reunião do Grupo dos Sete, que reúne países industrializados, no fim de semana em Roma.
(Reportagem de Lesley Wroughton)

Indústria de SP fecha 32,5 mil vagas em janeiro; emprego cai 1,86%

Indústria de SP fecha 32,5 mil vagas em janeiro; emprego cai 1,86%

Da Redação Em São Paulo
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A indústria paulista fechou 32,5 mil postos de trabalho em janeiro, o que representa uma queda de 1,86% ante dezembro, na comparação com ajuste sazonal, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta sexta-feira. Na comparação mensal, sem ajuste sazonal, houve queda de 1,34% no nível de emprego. Nos últimos 12 meses, o emprego industrial em São Paulo registrou recuo de 2,22%, com o fechamento de 54,5 mil vagas.


Ao divulgar uma queda no emprego industrial de dezembro, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) havia sugerido que o início de 2009 provavelmente não traria dados melhores. Os dados de janeiro confirmam a previsão do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de que a recuperação do emprego na indústria vai demorar mais que a da produção. A atividade industrial já deu sinais de que caminhar para um ritmo de relativa normalização, ainda que abaixo do patamar registrado no primeiro semestre do ano passado. A produção de veículos no país quase dobrou de dezembro para janeiro, segundo a Anfavea (associação de fabricantes de veículos).

(Com informações de Reuters e Valor Online)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Seguro-desemprego é ampliado para até 7 meses nos piores setores

Seguro-desemprego é ampliado para até 7 meses nos piores setores




BRASÍLIA - O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou a pedido do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o pagamento do seguro-desemprego por um período de cinco a sete meses para setores que estão enfrentando sérios problemas de desemprego. Atualmente, o benefício é pago de três meses a cinco meses e o valor máximo é de R$ 870,01.Carlos Lupi disse que se o presidente da República sentir necessidade é possível ainda estender o benefício por até 10 meses, com medida provisória. Ele refutou a possibilidade de redução no valor do benefício. Segundo Lupi, a proposta não tem a aprovação do ministério.
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Serão beneficiados os setores que estão em situação crítica quanto às demissões ocorridas em dezembro, janeiro e fevereiro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O ministro citou como exemplo a siderurgia e a mineração."Não podemos fazer aleatoriamente, pois podem ocorrer solicitações indevidas. Alguns setores, como construção civil e serviços, já estão revertendo a situação."Carlos Lupi lembrou que os dados de empregabilidade de janeiro são negativos, mas "infinitamente" melhores que os de dezembro. Em outra medida, o conselho autorizou a liberação de R$ 200 milhões para o capital de giro das revendedoras de carros usados.



Agência Brasil

Entenda como a crise financeira global afeta o Brasil

Entenda como a crise financeira global afeta o Brasil


A crise financeira que começou há mais de um ano nos Estados Unidos como uma crise no pagamento de hipotecas se alastrou pela economia e contaminou o sistema mundial. Diversos bancos americanos apresentaram perdas bilionárias, outros chegaram a quebrar. Na Europa também há vítimas.
O Brasil inicialmente não foi atingido em cheio pela crise --os bancos não possuíam papéis ligados às hipotecas de alto risco ("subprime") que originaram os problemas. Mas vários setores sofreram com a contração de crédito e, em seguida, pela queda das exportações e da demanda interna, que foi o "motor" do crescimento do país nos últimos dois anos. O resultado é o avanço do desemprego e a expectativa de desaceleração no crescimento econômico do país, embora espera-se que fique melhor do que o da maioria dos países desenvolvidos e emergentes.
Leia a cobertura completa da crise nos EUAEntenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA10 questões para entender o tremor na economiaVeja as medidas anticrise já anunciadas no Brasil
As quebras e os problemas enfrentados por bancos americanos e europeus até então considerados importantes e sólidos geraram o que se chama de "crise de confiança". Num mundo de incertezas, o dinheiro para de circular --quem possui recursos sobrando não empresta, quem precisa de dinheiro para cobrir falta de caixa não encontra quem forneça. Isso fez cair e encarecer o crédito disponível. E numa economia globalizada, a falta de dinheiro em outro continente afeta empresas no mundo todo.
Sergio Lima/Folha Imagem
O presidente do BC, Henrique Meirelles: órgão liberou compulsório mas segurou juros
Com a circulação de dinheiro congelada e o consumo comprometido, o resultado esperado é a contração das economias, uma vez que todos passam a encontrar dificuldade em financiarem seus projetos. Justamente para injetar liquidez (dinheiro nos mercados) os Bancos Centrais fazem leilões de moeda e criam linhas especiais de bilhões de dólares.
No Brasil, esse foi o principal efeito da crise quando ela estourou: a dificuldade em se obter dinheiro. Grandes empresas que dependiam de financiamento externo passam a encontrar menos linhas de créditos disponíveis. Por consequência, com a dificuldade em captar no exterior, ficam comprometidos projetos de construção dessas empresas, que por sua vez gerariam empregos e renda ao país. E, quando captam no mercado interno, ajudam a reduzir ainda mais a capacidade de empréstimo dos bancos locais a quem já dependia habitualmente deles.
Para reduzir os efeitos da crise internacional, o BC (Banco Central) anunciou mudanças nos depósitos compulsórios das instituições financeiras. Por meio do depósito compulsório, o órgão obriga os bancos a depositar em uma conta no próprio BC parte dos recursos captados dos seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. Assim, quando reduz o compulsório, o BC libera aos bancos mais dinheiro para emprestar.
Na esteira da contração do crédito, outra consequência da crise é haver redução no consumo das famílias e do investimento das empresas, dois dos principais pilares de expansão da economia nos últimos anos. Eles cresceram justamente pela farta oferta de crédito. Com menos dinheiro, gasta-se menos, produz-se menos e o crescimento é menor. Também são afetadas as exportações do país, que devem cair porque os países compradores estão se desaquecendo e possuem menos dinheiro para comprar.
O próximo passo dos problemas causados pela crise no Brasil é o desemprego. A combinação das reduções do consumo interno, do crédito, das exportações e dos investimentos causa uma diminuição da demanda das empresas, que se veem obrigadas a rever seus quadros de funcionários.
Diversas empresas iniciaram no último bimestre do ano uma onda de férias coletivas e demissões que ainda prosseguem. O mês de dezembro deixou isso claro: segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o mês apresentou
redução de 654.946 postos de trabalho --o maior volume para o mês desde 1999, o início da série histórica do dado divulgado pelo Ministério do Trabalho.
Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem
O setor automotivo foi um dos que mais sofreram com a contração do crédito
Os setores que mais sofrem com a queda da demanda, tanto no Brasil como no resto do mundo, são o automotivo, o imobiliário e o de bens de capital (ligado aos investimentos). Isso ocorre porque vendem produtos que dependem diretamente de financiamento, que está escasso.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção do setor automotivo, por exemplo, despencou quase 40% em dezembro na comparação com novembro, sendo determinante para que o resultado da indústria em geral naquele mês
recuasse 12,4% --o pior resultado da série histórica, iniciada em 1991. Porém, caso a crise se agrave e aumente o número de demissões, os problemas podem se alastrar para outros setores.
O reflexo da crise se espelhará no desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Para 2009, as previsões dos analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central na última
pesquisa Focus é de crescimento de 1,8% --abaixo dos 3,2% esperados pelo próprio BC e dos 4% esperados pelo governo federal.
Ciete Silverio/Folha Imagem
Fachada da Bovespa: mercado acionário brasileiro despencou com a crise
Outro reflexo visível da crise no mundo, e que teve especial repercussão no Brasil, foi a forte queda nos mercados acionários. Trata-se de um ciclo sem fim: com medo da crise financeira aumentar, os investidores tiram o dinheiro das Bolsas, consideradas investimentos de risco. Então, faltam recursos para as empresas investirem e a crise aumenta, o que faz os investidores tirarem mais dinheiro.
Ou seja, como a crise americana provoca justamente aversão ao risco, os investidores em ações preferem sair das Bolsas, sujeita a oscilações sempre, e aplicar em investimentos mais seguros. Além disso, os estrangeiros que aplicam em mercados emergentes, como o Brasil, vendem seus papéis para cobrir perdas lá fora. Com muita gente querendo vender, os preços dos papéis caem e os índices desvalorizam.
A queda no mercado acionário brasileiro é potencializado pela sua concentração em papéis de empresas que produzem commodities --cujos preços no mercado internacional despencaram devido ao esvaziamento feito pelos investidores e pela queda da demanda. Gigantes como a Vale e a Petrobras, por exemplo, respondem por quase metade da movimentação da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e sofreram desvalorizações acima da média do mercado, empurrando o Ibovespa para baixo.
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A análise segmentada por sexo e idade mostra que os homens estão mais endividados que as mulheres

Homens e mais jovens


A análise segmentada por sexo e idade mostra que os homens estão mais endividados que as mulheres --42% e 34%, respectivamente. Na divisão por faixa etária, 38% dos consumidores entre 18 e 34 anos têm dívidas, e 37% daqueles que têm mais de 35 anos.
Entre os inadimplentes, 10% acreditam não ter condições de pagar total ou parcialmente as suas dívidas, em uma queda de 2 pontos percentuais ante o mês anterior. Segundo a Fecomercio-SP, a melhora da expectativa para o pagamento de contas em atraso ocorre pelo aumento do salário mínimo em fevereiro e pela expansão da oferta de crédito.
"Apesar de todo o anúncio de restrição de crédito, o que se observa, na prática, é que apesar das taxas de juros mais elevadas, as instituições financeiras ainda estão propensas a negociar dívidas e continuar oferecendo linhas de crédito para pessoas físicas", afirmou Sjazman.
Cartão de crédito
O cartão de crédito se mantém como o principal tipo de dívida, atingindo 46% dos consumidores, seguido por carnês (28%), crédito pessoal (8%), cheque especial (4%), cheque pré-datado (2%), crédito consignado (2%) e outros tipos de dívidas (10%).
Quanto às despesas que mais afetam as dívidas atuais, 32% dos consumidores apontam os gastos com alimentação, enquanto 22% indicam os gastos com eletrodomésticos e eletroeletrônicos e 22%, as despesas com vestuário.
Em fevereiro, 35% dos entrevistados tentaram renegociar suas dívidas com os credores contra 41% em janeiro. Entre as dificuldades encontradas estão: taxa de juro elevada (55%), falta de recursos financeiros (27%), prazos de pagamento curtos (13%) e credor não admite renegociação (3%).
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Crise assusta

Crise assusta e endividamento do paulistano é o menor em cinco anos, diz Fecomercio

O nível de endividamento do paulistano caiu 7 pontos percentuais em fevereiro e atingiu o menor patamar desde o início da pesquisa em fevereiro de 2004, informou a Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). De acordo com a entidade, os consumidores estão mais cautelosos em razão das incertezas sobre os efeitos da crise financeira mundial.
O percentual de famílias endividadas em fevereiro ficou em 38% em fevereiro, ante 45% em janeiro. Na comparação com igual período de 2008, quando o indicador atingiu 48%, houve recuo de 10 pontos percentuais.

10 questões para entender o tremor na economiaEntenda como a crise financeira global afeta o Brasil
Do total de famílias paulistanas, 12% estão com contas em atraso, o que representa uma diminuição de 2 pontos ante o mês anterior. Sobre igual período de 2008, o indicador apontou queda de 3 pontos percentuais.
"A redução no nível de endividamento observada em fevereiro é influenciada pela incerteza em relação à magnitude dos reais impactos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, o que faz com que os consumidores se comportem de forma cautelosa, seja ao adquirir novas dívidas ou mesmo buscando quitar as existentes", avalia Abram Sjazman, presidente da Fecomercio.
De acordo com a pesquisa, entre os consumidores com rendimento de até três salários mínimos, 28% têm algum tipo de dívida. Na faixa de renda de quatro até dez salários, 32% estão endividados, e na faixa de mais de dez salários, 48%.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mesmo com crise, consumidor continuou comprando eletrodoméstico

SÃO PAULO - Devido à crise, o crédito ao consumidor direto ficou mais retraído. Especialistas andam dizendo que eles estão mais conservadores na hora de gastar, mas quando se trata de eletrodomésticos, o consumidor continuou comprando em janeiro, afirma Lourival Kiçula, presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrodomésticos). Embora o setor tenha tido uma queda recorde na produção e nas vendas em dezembro, quando registrou índice negativo de 17,5%, as promoções e liquidações fizeram o consumidor abrir a carteira e mantiveram os estoques na indústria de eletrodomésticos "regulares", de acordo com a Agência Brasil.No entanto, Kiçula ressalta que, para incrementar as vendas, é necessária uma redução maior na taxa de juros, pois isso estimula as compras no crediário. Otimismo para 2009Com sinais de recuperação, empresários do setor esperam crescer até 4% este ano. Mais reticente, Kiçula prefere aguardar os resultados de janeiro para traçar um diagnóstico mais preciso, mas, segundo ele, "tudo indica que teremos em janeiro um número de vendas muito parecido com o mesmo mês do ano passado no setor".Em 2008, o crescimento da indústria de eletrodomésticos contou com um crescimento entre 4% e 7%, ainda não confirmado. O presidente da Eletros afirma que a indústria não teme a crise. "Queremos sair dela trabalhando e fazendo uma força danada para não desempregar", atesta.

Lei de Consórcios entra em vigor...

06/02/2009 - 08h00
Lei de Consórcios entra em vigor e permite grupos para aquisição de serviços

SÃO PAULO - Entra em vigor, nesta sexta-feira (06), a nova Lei de Consórcios, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro do ano passado.Entre as principais mudanças, destaca-se o fato de que, a partir de agora, é permitido constituir grupos de consórcios para aquisição de serviços, e não mais apenas de bens móveis e imóveis. Assim, por meio desse instrumento financeiro, será possível adquirir próteses dentárias, cirurgias plásticas, pacotes de informática, acesso a cursos de pós-graduação no exterior, viagens, entre outros serviços.Além disso, a nova lei permite que clientes contemplados usem a carta de crédito para quitar financiamentos nos bancos. Para o presidente da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio), Rodolfo Montosa, essa é uma decisão muito benéfica aos consumidores, já que permite que mutuários transfiram o financiamento de imóvel para o consórcio. O mesmo processo pode ser adotado por quem financiou um veículo a custos muito elevados, fazendo com que o consumidor deixe de pagar os altos juros, principalmente porque no Sistema de Consórcios eles inexistem.AlteraçõesCom a nova lei, o termo consórcio passa a ser definido como uma reunião de pessoas físicas ou jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas previamente determinados, promovida por uma administradora de consórcio, com o objetivo de facilitar aos integrantes, em igualdade de condições, a aquisição de bens ou serviços por meio de autofinanciamento.A partir de agora, o grupo de consórcio será representado por sua administradora e os consorciados deverão escolher, em assembleia geral, três participantes que os representarão diante dessa administradora.Além disso, o interesse do grupo de consórcio prevalece sobre o interesse individual do consorciado. O grupo de consórcio é autônomo em relação aos demais e possui patrimônio próprio, que não se confunde com o de outro grupo nem com o da própria administradora.Para Montosa, esta lei é uma conquista do Sistema de Consórcios, conferindo melhor estabilidade jurídica à atividade, ainda mais relevante diante das atuais circunstâncias mundiais de restrição ao crédito. "O Brasil busca uma sociedade não somente baseada em crédito e endividamento das pessoas, mas na disciplina do planejamento e poupança programada para a aquisição de bens e formação de patrimônio".ConsórciosO Sistema de Consórcios fechou 2008 com R$ 60 bilhões em ativos administrados. Ainda no ano passado, movimentou recursos financeiros na ordem de R$ 20 bilhões. Foram comercializadas 1,78 milhão novas cotas e contemplados 820 mil consorciados. Em dezembro, havia 3,63 milhões de participantes.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

10 questões para entender o tremor na economia!

GUSTAVO PATUda Folha de S.Paulo
O que era uma onda de calotes no mercado imobiliário dos Estados Unidos se transformou em uma crise nos mercados de ações, de crédito e de câmbio do planeta --e os efeitos já começam a chegar ao comércio, aos empregos e ao cotidiano de todos. As próximas páginas procuram trazer à linguagem comum as origens da crise, a dinâmica do mundo financeiro e os desafios a serem enfrentados pelo Brasil.
1 - Como um momento de euforia econômica se transforma em pânico financeiro?
Crises especulativas como a atual --documentadas desde o século 17, com dimensões variadas-- são sempre gestadas em momentos de juros baixos e crédito farto, mais comuns em fases de prosperidade. E a economia mundial vivia o melhor momento desde a década de 70.
O acesso mais fácil ao dinheiro reduz a noção geral de risco. Tanto profissionais do mercado quanto cidadãos comuns se tornam mais propensos a investimentos ousados, em busca de lucros mais altos e rápidos.
Nesse cenário, surgem as 'bolhas': um tipo de investimento -sejam ações, moedas, imóveis, empréstimos ou, em tempos mais remotos, canais, ferrovias e até tulipas- se torna uma mania e se valoriza muito além das reais possibilidades de retorno. Cria-se um círculo vicioso: quanto mais gente entra no mercado, mais ele se valoriza; quanto mais se valoriza, mais gente entra.
No caso atual, a bolha foi criada no mercado imobiliário americano, antes de se disseminar por outros mercados e países. Casas e apartamentos com preços em alta serviam de garantia para financiamentos imobiliários que ajudavam a elevar os preços. A espiral culminou em financiamentos de altíssimo risco para clientes sem capacidade de pagamento.
Os participantes do mercado sabem que a festa não vai durar para sempre. Paradoxalmente, isso estimula a corrida à especulação: os investidores querem aproveitar a oportunidade antes do estouro da bolha.
Como se sabe que a situação é insustentável, o primeiro sinal --quebra de banco, disparada de uma moeda, moratória-- causa pânico geral, e todos querem fugir ao mesmo tempo e multiplicam as perdas. Decisões individuais racionais, portanto, podem levar a comportamentos coletivos irracionais.
2 -
Se as autoridades culpam os especuladores, por que a especulação não é coibida?
Os especuladores, tratados no coletivo e no anonimato, são bodes expiatórios convenientes quando as crises explodem. Evoca-se a antipatia dedicada aos gananciosos que desejam enriquecer sem produzir, deixando em segundo plano os questionamentos à política econômica ou à atuação dos órgãos reguladores.
Propostas para restringir a especulação são antigas e periodicamente lembradas. A mais famosa, do economista americano James Tobin, é a de criar um imposto sobre todas as transações financeiras, uma espécie de CPMF global, para tornar mais lentos e mais caros os movimentos do mercado. Nas palavras de seu idealizador, jogar 'um pouco de areia' nas engrenagens do sistema.
Passadas as crises, no entanto, as ameaças e limites impostos aos especuladores são esquecidos ou contornados. Em parte porque o setor financeiro é influente no mundo das idéias e da política, mas, principalmente, porque a especulação é um dos motores da economia de mercado.
Os especuladores --aqueles unicamente interessados em comprar e vender com lucro- viabilizam e expandem os mercados de ações, de moedas e de títulos. Se não fosse a especulação, só compraria ações, por exemplo, uma meia dúzia de fato interessada em se tornar sócia de uma empresa.
A riqueza financeira se distancia cada vez mais dos valores que enxergamos diariamente. Em 1980, o volume de dinheiro aplicado no mercado financeiro era 20% superior à riqueza produzida no mundo. Em 2006, mais de 200%.
O Produto Interno Bruto global, no período, quase quintuplicou, de US$ 10 trilhões para US$ 48 trilhões. Mais espantoso foi o salto do volume de dinheiro aplicado nos bancos, em títulos e ações, que foi de US$ 12 trilhões para US$ 167 trilhões. Mais dinheiro no mercado significa mais possibilidades de investimento e crescimento -e mais riscos também.

3 - Por que os bancos quebram? Por que são socorridos?
Uma pessoa ou uma empresa quebrada é a que não consegue pagar suas dívidas. Um banco quebrado é o que emprestou dinheiro a quem não conseguiu pagar as dívidas, como mutuários do subprime americano.
O papel do sistema financeiro é intermediar o encontro entre os que desejam poupar e os que desejam investir. Sua tarefa é selecionar pessoas e empresas mais aptas a progredir e a conseguir pagar com juros o dinheiro recebido. Os menos aptos pagam juros maiores para compensar o risco.
Nos financiamentos imobiliários tradicionais, o banco empresta recursos da poupança. Para os mutuários sem emprego, sem documentos e sem garantias dos EUA, a operação foi muito mais sofisticada.
Os empréstimos serviram de base para títulos que proporcionavam a seus compradores os superjuros cobrados nos financiamentos imobiliários. De pequeno valor unitário e livremente negociáveis, títulos permitem que os credores se tornem múltiplos e anônimos.
Os títulos, por sua vez, serviram de base para derivativos, ou seja, contratos em que as partes perdem ou ganham a partir da variação de um ativo financeiro, muito semelhante a uma aposta num cassino.
A sofisticação não removeu o obstáculo mais prosaico e previsível: os pobres-coitados que habitam a economia real não puderam mais pagar as dívidas.
Administradores de poupança pública, os bancos podem provocar perdas generalizadas ao quebrar. E, quanto maior o erro, maior a chance de socorro por governos que querem evitar ou atenuar uma onda de falências e desemprego.

Produção industrial cai 12,4% em dezembro; no ano, alta é de 3,1%, diz IBGE

A crise intensificou a retração da indústria, cuja produção caiu pelo terceiro mês consecutivo. Em dezembro, a desaceleração foi de 12,4% frente ao mês anterior, informou nesta terça-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi o pior resultado da série histórica, iniciada em 1991. Em novembro, a queda havia sido de 5,2%.
Em relação a novembro do ano passado, foi verificada queda de 14,5%, segundo número negativo consecutivo nesta base de comparação. O resultado também foi o pior da história, nessa relação.
Os bons resultados verificados antes do agravamento da crise garantiram um crescimento de 3,1% para a indústria em 2008, em relação ao ano anterior. De janeiro a setembro, a alta acumulada chegara a 6,4%.
No acumulado do último trimestre do ano (outubro a dezembro), a produção recuou 9,4% sobre os três meses imediatamente anterior. Em relação ao quatro trimestre de 2007, a produção caiu 6,2%.
A Pesquisa Industrial Mensal demonstra que houve recuo na produção em 25 dos 27 ramos pesquisados em dezembro, na comparação com o mês anterior. A principal influência veio da indústria automobilística, cuja produção caiu 39,7%. Também apresentaram queda os setores de máquinas e equipamentos (-19,2%), material eletrônico e equipamento de comunicações (-48,8%). Apresentaram alta apenas os setores de outros equipamentos de transporte (6,7%) e celulose e papel (0,4%).
A queda na produção de veículos foi a maior da série histórica nas duas comparações (mês e ano). "O resultado de dezembro mostra uma piora em relação a novembro, refletindo o agravamento da crise internacional, que afeta especialmente setores de bens duráveis, sensíveis à redução de crédito, e os bens intermediários por conta da exportação de commodities", diz Isabela Nunes, gerente da pesquisa.
Entre as categorias de uso, os bens de consumo duráveis registraram queda de 34,3%. A produção de bens de capital despencou 22,2%. Bens intermediários (-12,1%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-4,2%) acompanharam a tendência negativa da indústria.
Na comparação com dezembro do ano passado, houve redução da produção em 23 das 27 atividades analisadas. A produção automobilística registrou queda de 59,1% nessa base comparativa. Também recuaram as produções de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-60,3%) e borracha e plástico (-31,1%).
Ainda na relação com dezembro do ano passado, a produção de bens duráveis despencou 42,2%. Também caíram as produções de bens intermediários (-18,2%), bens de capital (-13,1%) e semi e não duráveis (-1,8%).
Pelo índice de difusão, o IBGE verificou que 70% dos 755 produtos investigados apresentaram queda em dezembro.
Em novembro, a indústria já apresentava sinais de queda de produção. No início de janeiro, o IBGE informou que em todas as 14 regiões em que a pesquisa de produção é feita houve queda de atividade.
No último dia 13, a FGV (Fundação Getulio Vargas) informou que a produção industrial no Estado de São Paulo deve apresentar em dezembro uma queda de 13,5% na atividade em relação a novembro, mês em que a queda foi de 3,2%, segundo o SPI (Sinalizador da Produção Industrial).

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Desemprego mundial pode chegar aos 51 milhões em 2009

As previsões sobre o número de desempregados que a Organização Internacional do Trabalho divulgou esta quarta-feira são "preocupantes" e mostram que é preciso agir para combater o desemprego, disse à Lusa Arménio Carlos da Comissão Executiva da CGTP.
A OIT divulgou um relatório em que diz que a crise económica mundial poderá fazer aumentar o desemprego até 51 milhões de pessoas em todo o mundo "se a situação continuar a deteriorar-se", para um total 230 milhões.
A taxa de desemprego mundial deve subir para os 7,1 por cento, no pior cenário, valor que na União Europeia e nas economias avançadas se pode agravar para os 7,9 por cento, segundo a OIT.
Arménio Carlos considera que estes números "são preocupantes e constatam um problema que decorre da crise capitalista" em que o mundo está mergulhado.
Lembrando que "não basta constatar", o responsável da GGTP argumentou que perante o problema do desemprego "é preciso agir".
São necessárias "mudanças políticas" que resolvam os problemas estruturais das economias (o do investimento no sector produtivo, no caso português), segundo Arménio Carlos, e "medidas urgentes" para combater os baixos salários e o trabalho precário.
O sindicalista afirmou ainda que o problema nas economias mundiais e na portuguesa "não é na legislação laboral", pelo que "se justifica a retirada da proposta de revisão laboral" tanto do sector público como privado, já que ela vem fragilizar ainda mais a relação laboral do lado do trabalhador.

Uma das causas que levaram a tanto desemprego!

A crise começou a partir de um grande numero de inadimplências, ou seja , as pessoas faziam empréstimos e muitos bancos foram a falência. Com isso houve uma super desvalorização dos imóveis e varias casas foram hipotecadas. Houve desemprego em massa. Isto influencia nas bolsas de valores do mundo todo, pois os investidores americanos deixam de investir em ações e os preços começam a despencar. Também uma diminuição na exportação para os EUA, levando muitas empresas no Brasil e no mundo a situações complicadas que estamos vivênciando hj.